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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Como tem doído
Uma dor que não consigo controlar,
Alojou-se dentro de mim,
Chegou de mansinho, sorrateiramente, inexplicavelmente, avassaladora
E ficou

Eu permiti
E por que eu permiti?
Faz sentido?
Não, não faz. Ou faz?

Nela sinto você
Vejo você
Seu olhar
Seu cheiro
Seu beijar, há o seu beijar!
Seu jeito louco de ser

Vou deixando ela ficar
Corroendo por dentro
Machucando, maltratando
Só pra sentir você




quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O OLHAR

A culpa, se há, inevitavelmente foi do olhar
Distorcido por horas etílicas
Vagueante por desejos latentes
Cintilante pelo encontro

A culpa, se há, inexplicavelmente foi do fixar
Tu, rapaz, poderias ter torcido teu pescoço e fingido não ver
Ausência de libido,
Poucas primaveras,
Ou mesmo indisposição para desejos pueris
São subterfúgios a calhar

__ Cuidado, moço! As almas conversam
quando os olhos se cruzam

A culpa, se há, rigorosamente foi do beijar
Movimento vagueante, apressado e inesperado
que queima a essência
À espera do toque

__ Cuidado, moço! As circunstâncias afastam ou
aproximam almas

A culpa, se há, sinceramente é da vida
Pois sendo um mar agitado em movimentos
dessincronizados
Joga no turbilhão de suas águas os (des) conhecidos
Afastando e aproximando
Seus medos, Dores, Histórias, Desejos e Sonhos
Íntimos e profundos
Feito um OLHAR

Autor desconhecido
24.09.16