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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O OLHAR

A culpa, se há, inevitavelmente foi do olhar
Distorcido por horas etílicas
Vagueante por desejos latentes
Cintilante pelo encontro

A culpa, se há, inexplicavelmente foi do fixar
Tu, rapaz, poderias ter torcido teu pescoço e fingido não ver
Ausência de libido,
Poucas primaveras,
Ou mesmo indisposição para desejos pueris
São subterfúgios a calhar

__ Cuidado, moço! As almas conversam
quando os olhos se cruzam

A culpa, se há, rigorosamente foi do beijar
Movimento vagueante, apressado e inesperado
que queima a essência
À espera do toque

__ Cuidado, moço! As circunstâncias afastam ou
aproximam almas

A culpa, se há, sinceramente é da vida
Pois sendo um mar agitado em movimentos
dessincronizados
Joga no turbilhão de suas águas os (des) conhecidos
Afastando e aproximando
Seus medos, Dores, Histórias, Desejos e Sonhos
Íntimos e profundos
Feito um OLHAR

Autor desconhecido
24.09.16

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